Procedimentos são fundamentais para que o resultado final seja como o designer criou.
Toda vez que o designer cria uma arte, ele precisa se preocupar com o tratamento de imagens, gerenciamento de cores e tudo o que é necessário para que a ideia saia da tela e chegue ao destino da forma mais fiel possível. Seja um material impresso ou online, há alguns cuidados com as cores que não podem ser deixados de lado.
Continue a leitura e confira as dicas que preparamos. Neste artigo você vai:
- Saber o que é cor;
- Compreender porque é necessário entender sobre cores;
- Entender o que e como se faz o gerenciamento de cores;
- Conferir algumas dicas fundamentais para o gerenciamento de cores;
- Lembrar que é imprescindível ter um clichê de qualidade para ter uma boa impressão.
O que é cor?
Antes de começarmos a tratar o nosso tema com mais profundidade, é importante ter clareza em alguns conceitos, um deles é sobre cor. O assunto parece fácil, porém há detalhes que não podem ser deixados de lado. Em resumo, nossos olhos possuem células sensíveis a três tipos de comprimentos de ondas: longos (vermelho), médios (verde) e curtos (azul). A partir dos estímulos das células provocados por esses comprimentos, o nosso cérebro recebe sinais que são interpretados nas cores que enxergamos. O nosso cérebro consegue misturar os sinais e percepções para conseguirmos identificar as outras cores.
Por que é necessário entender sobre cores?
É imprescindível para quem trabalha com criação entender sobre cores e qual a importância delas nos trabalhos. Inclusive de que forma elas irão se comportar se o projeto for impresso ou online, pois existem diferenças de telas e sistemas de impressão. Com o conhecimento das cores, é possível entender como melhor reproduzi-las e como elas se comportam em cada dispositivo.
O que é gerenciamento de cores?
O gerenciamento de cores é um processo usado para garantir que elas permaneçam de acordo com o planejamento do designer e isso leva em conta que irão se apresentar da mesma forma em diversos hardwares, softwares e dispositivos como monitores, celulares e tablets.
Para fazer esse gerenciamento, é importante entender quais os modelos, espaços, gama e profundidade de cor deverão ser usados para que o resultado final seja o que foi pensado e não sofra interferência dos tipos de tela. O gerenciamento de cores deve contemplar três componentes básicos: um espaço de cor independente; perfis ICC para cada dispositivo ou ferramenta utilizada no processo e Color Matching Module (CMM).
Como se faz um gerenciamento de cores na impressão?
Os aplicativos Adobe já têm o gerenciamento de cores ativado. Porém, se você utiliza o Adobe Creative Cloud, as configurações de cores são sincronizadas entre os aplicativos para permitir uma exibição uniforme de cores nos padrões RGB ou CMYK. Ou seja, isso significa que as cores têm a mesma aparência, não levando em consideração o aplicativo no qual serão exibidas. Em caso de dúvidas sobre como fazer a configuração do gerenciamento de cores nos programas de edição da Adobe (Illustrator, InDesign ou Photoshop) é só entrar nesse link e ter acesso a um material completo.
Confira alguns cuidados essenciais na hora de fazer o gerenciamento de cores
Agora que já entendemos um pouco mais sobre a complexidade por trás do gerenciamento de cores, listamos 6 cuidados na hora de fazer o tratamento de imagens, confira:
1 – Controle do processo
Um dos principais pontos de atenção do gerenciamento de cores é controlar o processo. Ele é necessário do começo ao fim da implantação e caso sejam necessárias alterações, todos os envolvidos no processo precisam estar cientes. A seguir listamos três formas de trabalhar os processos: seguir normas ISO nacionais ou internacionais, ter referências ou recomendações criadas por associações, ou aderir a métodos particulares de cada empresa. Um banco de dados com todas as informações pré-definidas é importante para que o processo seja respeitado, independente do colaborador que estiver operando.
2 – Calibração
Uma das sugestões é que seja feito um teste na impressora para assim fazer a calibração dos periféricos. Dessa forma serão observados os seguintes itens:
- Teste de lineaturas;
- Tiras de controle de densidade;
- Escalas de controle CMYK;
- Escala controle de gris;
- Soma de tintas;
- Imagens reais ou ilustrações;
- Slur;
- Textos positivos/negativos;
- Target/ Alvo de cor.
3 – Caracterização
Depois da calibração, se faz a caracterização dos mesmos. Nesta fase é gerada uma nova matriz de impressão onde é aplicado o target para a geração do perfil do equipamento (Perfil ICC), ele é um mapa matemático que guarda todas as informações de cor do dispositivo. Pode ser aplicado na clicheria, no tratamento de imagens e em provas digitais. Assim, será possível visualizar em tela o resultado final da impressão, evitando problemas.
4 – Produção de matrizes intermediárias
Antes do produto sair pronto para o cliente, é necessário a produção de matrizes intermediárias. Elas serão as responsáveis por mostrar a representação concreta das impressões e assim ajudar a identificar possíveis erros ou pontos a melhorar antes do processo final.
5 – Tratamento de imagem é essencial
Para que uma arte surta o efeito esperado, é necessário que as imagens estejam impecáveis e com excelente resolução. Para isso, é fundamental fazer o tratamento de imagens. Através dele serão avaliados recortes, as tonalidades das cores e se os detalhes estão adequados à embalagem ou se é preciso de retoque. Esta parte é fundamental para a qualidade do material.
6 – A importância do clichê de qualidade
E por fim, agora que você já entendeu como é importante ficar atento aos cuidados com gerenciamento de cores e tratamento de imagens, é hora de ter mais uma dica: não esqueça de trabalhar com clichês de qualidade. Eles são essenciais para o êxito da sua impressão.
É através deles que você terá um produto final impecável e sem falhas. Afinal, de nada adianta gerar um super material se a qualidade do impresso não seguir a mesma linha. Então, fique atento ao fornecedor, para que o dono de marca tenha um produto de excelência.
