Esse sistema de impressão, comum para altas tiragens, pode ser utilizado em vários tipos de materiais flexíveis, proporcionando trabalhos de alta qualidade e excelente performance.
Por trás de uma embalagem que encanta o consumidor final existe um complexo sistema de impressão, agregado a muita tecnologia de ponta. Este processo é conhecido como impressão flexográfica e é sobre ele que iremos falar neste conteúdo.
Neste artigo você vai saber:
- Como o setor flexográfico vem se comportando nos últimos anos?
- O que é impressão flexográfica?
- Como funciona a tecnologia flexo?
- Quais os pontos fortes deste tipo de impressão?
Fique por dentro do setor flexográfico
Mesmo com os altos e baixos da economia, o setor de flexografia apresentou um bom desempenho no último ano. Dados da Associação Brasileira de Embalagens (Abre), apontam um crescimento de 31% em 2021. Se comparado ao ano interior, o valor bruto da produção do setor de embalagens chegou a atingir R$ 111 bilhões.
No estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os plásticos representam a maior participação no valor da produção, correspondendo a 37,1% do total, seguido pelo setor de embalagens de papel, cartolina, papel cartão e papelão ondulado. Juntos, estes substratos representam 31,7% da produção. Embalagens metálicas somam 21,4%, as de vidro vêm com 4,2%, substratos têxteis para embalagens somam 3,7% e madeira 1,9%.
Nesse sentido, os dados do setor de impressão flexográfica mostram sua força. O segmento se aprimorou muito nos últimos anos, buscando novas tecnologias disponíveis no mercado e o desenvolvimento de expertises que elevaram a qualidade da produção.
O que é flexografia?
A impressão flexográfica, segundo alguns registros, foi criada na Europa, por volta do século XIV. Em 1853, a empresa norte-americana, A. Kingsley conseguiu criar e usar um sistema em que uma placa flexível de borracha era usada para imprimir alguns materiais. O patenteamento ocorreu em 1860 e, logo em 1890, a primeira impressora criada com bobina contínua (sem folhas) foi inventada, utilizando os clichês de borracha como matriz de impressão.
Algumas máquinas possuíam um sistema de circulação de ar quente que promovia a secagem do que já foi impresso. Mas de lá pra cá muita coisa mudou e a tecnologia de pré-impressão passou a ser um diferencial nesse mercado, assim como novos equipamentos e diferentes substratos.
Como funciona o sistema de impressão flexo?
Diferente dos processos offset e digital, a impressão flexográfica é feita através de um clichê flexível, onde as informações a serem impressas são colocadas em relevo. Assim, somente o que estiver em alto relevo recebe tinta e as partes mais baixas, não.
O que são clichês para impressão flexográfica?
Os clichês são as chapas de borracha que podem variar na espessura ou na rigidez. Elas podem ser produzidas em fotopolímero, borracha natural ou borracha mista, cada um com a finalidade específica. As peças são montadas com informações que devem ser impressas em alto-relevo. Ao entrarem em contato com a tinta, as áreas elevadas capturam a tinta e transferem a cor para o material a ser impresso.
A chapa de impressão tem estrutura flexível, para que possam ser fixadas nos cilindros da máquina de flexografia, utilizando fita adesiva. A impressora tem um rolo tomador, que transfere a tinta para o clichê de fotopolímero, chamado de matriz, que é montada em um outro cilindro, chamado de camisa porta clichê.
As tintas utilizadas podem ser à base de água, solvente ou UV curável, por exemplo. Porém, não é somente a tinta e o clichê que fazem o resultado ficar perfeito. Existe todo um conhecimento técnico por trás da calibração das máquinas, controle de processo, gerenciamento de cores e muitas outras variáveis que fazem a diferença na finalização do projeto.
Conheça alguns benefícios deste tipo de impressão
A evolução tecnológica da flexografia trouxe excelentes resultados em relação a qualidade de impressão e produtividade, eliminando restrições que existiam antigamente. Você sabia que a grande parte das bulas de remédio são impressas em flexografia? Graças a evolução dos processos e dos equipamentos, é possível imprimir tamanhos de letras bem menores que as convencionais, mantendo uma ótima legibilidade.
Qualidade na impressão
Em primeiro lugar, destacamos que a qualidade da impressão flexográfica é igual ou superior à impressão offset, rotogravura e digital. Porém, ela requer alguns cuidados especiais no tratamento de imagens e gerenciamento de cores. A precisão da flexografia depende do processo de calibração e perfis de cores, por exemplo, antes de finalizar o arquivo utilizado para gravar o clichê. Isso irá resultar na qualidade necessária para o impresso ficar dentro das expectativas do cliente.
Novas retículas e tramas
Em segundo lugar, temos as retículas e tramas que, aplicadas aos serviços como o Dotless e o Dotless HD, proporcionam em um degradê limpo e preciso, terminado em zero. Ou seja, com maior precisão e redução drástica nas falhas.
Além do Dotless, existem outros processos como o Inkless e o Inkcolor, que definem melhor a transferência e aplicação de tinta em cada tipo de substrato (plástico, papel, tecido, etc), gerando economia e um ótimo resultado visual.
Prepress (pré-impressão)
O processo de pré-impressão (prepress), é diferente dos demais, pois exige mais precisão no tratamento de cada canal de cor do arquivo, fazendo com que o resultado fique dentro do esperado. O prepress bem alinhado com o gerenciamento de cores, com a casa de tinta e com a impressão, produz valores de calibração, identificados como padrões e tolerâncias que devem ser seguidos na máquina de impressão.
Assim, é possível obter controle, precisão e previsibilidade para atingir o melhor resultado na impressão. Em resumo, a pré-impressão somada às expertises de calibração é o que define a qualidade do produto final, permitindo que um mesmo trabalho seja impresso várias vezes, obtendo estabilidade e resultados consistentes.
Flexibilidade de formatos
Por fim, dependendo do tamanho da área impressa e quantidade, a impressão flexográfica é versátil e pode ser dividida em banda larga e banda estreita.
Banda larga
A banda larga, tem aplicações sobre materiais flexíveis e técnicos como polietileno, polipropileno, poliéster, ráfia, papéis e outros substratos. O equipamento pode ser encontrado em modelos de seis, oito e dez cores.
Banda estreita
Já a banda estreita, está ligada à impressão de etiquetas auto adesivas e materiais que imprimem em impressoras de até 60cm de largura, como rótulos, adesivos, sleeves, etiquetas e similares.
Além dos clichês
A Clicheria Blumenau atua na América Latina, fornecendo serviços de pré-impressão e gravação de clichês para a indústria de flexografia. Somos pioneiros e líderes no segmento, oferecendo suporte para fabricantes de embalagens, donos de marcas e convertedores.
Nossas tecnologias auxiliam na transformação e controle da gestão dos processos. O resultado disso é praticidade, previsibilidade, autonomia e segurança, no que há de melhor em produção de clichês, provas digitais, gerenciamento de cores, desenvolvimento de projetos, suporte e consultoria.
A Clicheria Blumenau conta com uma equipe de especialistas em flexografia que desenvolvem projetos e aplicam as novas tecnologias com foco em aumento de performance, ganho de produtividade e economia em setup e insumos, ou seja, em projetos simples ou complexos, temos uma equipe comprometida a entregar ótimos resultados sempre.
Continue nos acompanhando aqui no Blog para ficar por dentro de tudo que acontece no universo flexográfico. Nos vemos em breve!